terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tema importante para a Igreja



Terça-feira, 27 de Setembro de 2011


Citação essencial sobre um tema importante


Nota: Eis uma verdadeira urgência...
«Trezentos e vinte e nove, dos dois mil padres católicos austríacos, divulgaram na Internet um “Apelo à desobediência” baseados em impasses de longa duração na vida interna da Igreja. Uma sondagem recente revela que três em cada quatro católicos austríacos apoiam esse “Apelo à desobediência.” A deserção, sem protesto nem aviso, é muito mais vasta, sem falar nos chamados “católicos não praticantes” e nos indiferentes.
Não se fizeram as reformas que as redescobertas da identidade esquecida da Igreja exigia. Por vezes, foram as contra-reformas que venceram. A continuação do modelo do exercício do primado do papa, a neutralização prática da colegialidade episcopal, uma cúria irreformável, o centralismo romano, o método usado na escolha dos bispos, a questão do celibato eclesiástico, a descriminação da mulher no chamamento ao sacramento da ordem, a proibição de acesso à comunhão eucarística dos “divorciados recasados”, uma moral sexual mal repensada, uma reforma do direito canónico inadequada, etc., são algumas das razões apontadas para a paralisia notada na Igreja. A grande vitalidade emocional e moralista de alguns movimentos, as grandes viagens dos papas, as Jornadas Mundiais da Juventude não podem substituir o rosto e a alma da Igreja do Vaticano II.
Há quem sustente que a situação é tão grave que exige um novo concílio. Receio que estas urgências internas fixem a atenção na cozinha eclesiástica e façam perder de vista as descentrações de que falava E. Schillebeeckx, K. Rahner e, sobretudo, o exemplo de S. Paulo em Atenas.
Passados 50 anos, em que pensamos e de que falamos quando dizemos que a Igreja existe para o mundo? Muitos são os mundos a convocar! Como e por quem?»
Frei Bento Domingues, in Público 25 de Setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

comentários à missa de dia 18/09/2011

Comentário à Missa do Próximo Domingo

Domingo 25º Tempo Comum
18 de Setembro de 2011
O trabalho
É sempre uma grande tristeza saber que alguém não tem trabalho. Alguns porque pura e simplesmente foram demitidos ou não admitidos ao trabalho. Outros preferem a ociosidade e viver à custa dos outros é o seu lema.
De qualquer forma o trabalho é um bem, um grande bem, porque dá-nos utilidade, faz-nos construtores da vida e do mundo. Esta é uma forma autêntica para encontrar o sentido da vida.
Os textos da missa deste domingo falam-nos do valor do trabalho e que todo o género de trabalho deve ser realizado em função da justiça e devemos, por isso, acrescentar que o trabalho só tem verdadeiro sentido quando realizado para a construção do bem comum. Quando assim acontece a obra de Deus continua e todas as tarefas realizadas por nós são expressão da acção de Deus no mundo. Nisto consiste o Reino de Deus, onde se vê bem claro que este mundo novo de salvação e de vida plena é para todos sem excepção. Para Deus não há marginalizados, excluídos, indignos, desclassificados… Para Deus, há homens e mulheres. Todos seus filhos, independentemente da cor da pele, da nacionalidade, da classe social. São estes que Ele ama, a quem Ele quer oferecer a salvação e a quem Ele convida para trabalhar na sua vinha.
Neste sentido, hoje, notamos que o desemprego que afecta tantas das nossas famílias é algo contra a vontade de Deus. O mundo está feito para todos e se não existem oportunidades para que todos se realizem como pessoas e se alguns são privados de edificarem a sua casa pela dignidade do trabalho, estão fora da justiça e obviamente que tal proceder está fora dos parâmetros de Deus.
O grande apelo da missa, só pode ser este em cada domingo, mas de modo especial neste, vamos todos lutar para que ninguém seja demitido do seu trabalho injustamente, que ninguém seja privado da dignidade de contribuir para a construção do mundo e que recebam o contributo (salário) com base na justiça. Tudo o que seja fora deste âmbito deverá ser condenado e denunciado, é uma exigência de Deus e da liturgia. Celebremos a festa da Eucaristia com base nesta denúncia e no anúncio da dignidade para todos.